As questões ligadas à gestão de
riscos associados à Governança Corporativa, em especial aos
relacionamentos desta com a Governança de TI já são uma realidade
no cenário empresarial brasileiro.
Procurando-se na etimologia de
palavra "Riscos" percebe-se que é frequentemente associada a algo
negativo, é produto da incerteza de eventos futuros, fazendo parte
das atividades executadas, assim de certo modo Empreender é gerir
riscos, sendo que isto não é novo, assim como a etimologia da
palavra "Segurança" tem origem no latim e significa "sem
preocupações". Na definição mais comum "Segurança é uma mal a
evitar". Portanto quando se analisa todos os aspectos ligados a
Segurança em Geral e a Segurança da Informação em particular é
imprescindível abordar a Gestão dos Riscos e com o crescimento das
operações de negócios em direção aos sistemas de informação
baseados em tecnologia fez com que os números de ameaças e de
vulnerabilidades sobre as redes de computadores e comunicações
aumentassem exponencialmente. Deste modo a avaliação dos "Riscos de
TI" passam a ser estratégicos para a Gestão da Segurança e
continuidade dos negócios.
"Riscos de TI" é o risco
associado ao uso, gerenciamento, operação, suporte, inovação,
influência ou adoção de TI para dar suporte aos negócios da
organização. Através da gestão de riscos com foco em TI torna-se
possível controlar e identificar os rumos tomados e
aferir se as diretrizes estabelecidas estão de acordo com os
objetivos da instituição. A gestão de riscos em TI atua, também, na
garantia da confiabilidade dos indicadores de governança,
possibilitando uma governança de TI comprometida com os objetivos
estratégicos a serem alcançados, tornando o alinhamento de TI e
negócio mais eficiente e eficaz, na medida que o resultante é uma
organização mais estável através da continuidade de seus
negócios.
Portanto, toda a organização, para
cumprir a sua missão, necessita de um suporte efetivo de sistemas
de informação e de serviços de tecnologia da informação correlatos.
Neste contexto, o gerenciamento de riscos de TI tem um papel
crítico na proteção dos ativos de informação da organização.
Vários são os desafios de
estruturação e implementação de uma área de gestão de riscos dentro
das empresas. A segurança da informação, vista frequentemente como
um assunto ligado a tecnologia, passa a ser entendida cada vez mais
como um processo de negócio, e consequentemente, uma grande
vantagem competitiva para o mundo empresarial e neste sentido a
MATRIZ DE RISCOS DE TI é o caminho natural a
ser adotado em qualquer planejamento que tem por meta a
Analise de Impacto de cada ameaça.
A MATRIZ DE RISCO,
considerando o processo de gerenciamento de risco, seja ele baseado
no COSO ou na ISO 31.000, é um dos seus elementos mais importantes,
pois permite determinar a partir de uma avaliação qualitativa do
risco, a magnitude dos riscos identificados.
A MATRIZ DE RISCOS
torna- se assim, o principal elemento para a determinação das
estratégias de riscos e das respectivas respostas aos riscos.
A análise inicial parte do
conhecimento das necessidades específicas que são demandas pelos
negócios da empresa e os serviços de TI, sendo que neste caso a
existência de um
Catálogo de Serviços formal ajuda muito. O Catálogo de
Serviços, conforme definido pelo ITIL, é um subconjunto do
Portfólio de Serviços da Organização, que consiste de todos os
serviços ativos e aprovados que podem ser oferecidos aos atuais e
futuros clientes da TI na organização. É, inclusive, uma projeção
da eventual capacidade do provedor de serviços de TI para entregar
valor aos seus clientes (Office of Government Commerce, 2007).
Outro aspecto fundamental é saber
exatamente quais são os Ativos/Recursos de TI. O mapeamento dos
ativos de TI que atendem o Negócio é essencial à Governança de TI e
geralmente, há uma relação "muitos para muitos" entre as funções de
negócio e a infraestrutura de TI. Por exemplo, em um
determinado servidor é possível armazenar ambos, dados de negócios
e sistemas automatizados de processamento de dados, o qual
pode suportar muitas funções de negócios. Por outro lado, ao
contrário, uma única função de negócios pode invocar vários
servidores. Sugerimos o uso de ferramentas automatizadas que possam
gerar para os sistemas automatizados o relacionamento dos processos
de negócio com os sistemas de TI.
Antes de tudo é necessário definir
o perfil profissional dos envolvidos neste processo de avaliação
dos riscos, sendo que podemos destacar as principais qualificações
necessárias:
Principais Conhecimentos:
- Conhecer quais são os riscos de TI e saber mensurá-los;
- Saber determinar as formas de prevenção;
- Saber monitorar o desempenho dos equipamentos.
Principais Habilidades
- Ter capacidade de coordenação;
- Saber analisar os riscos;
- Saber tratar e criar estratégias de resolução de
problemas.
O próximo passo importante é
conhecer os Indicadores de Governança e avaliar seus desempenhos
relacionados aos Riscos de TI. Por exemplo, se elegermos o
indicador "Quantidade de Equipamentos de TI em uso", primeiro
deve-se saber se é um Tipo de Indicador relacionado com o
Desempenho ou com o Resultado, depois o que ele demonstra, sendo
que pode ser uma Eficiência, uma Perda ou simplesmente o número de
Computadores/ funcionário; Servidores/ funcionário; Impressoras/
funcionário, portanto a análise do contexto estratégico de cada um
é fundamental, daí a necessidade de um profissional com
conhecimentos, habilidade e competências para tal, conforme citamos
anteriormente.
A seguir é importante definir a
meta de cada indicador. Por exemplo, o indicador "Quantidade de
Equipamentos de TI em uso dentro/fora da garantia" tem como meta
"Garantir a disponibilidade e continuidade do serviço", sendo que
esta meta deve estar dentro de um período definido, uma "Data de
Revisão da Meta" e um critério para a "Avaliação Atual do
Cumprimento da Meta".
Finalmente, quando temos os Riscos
de TI identificados, podemos perceber, por exemplo:
- Carência de uma melhoria contínua;
- Inexistência de um Comitê para identificar, avaliar, prevenir e
solucionar os Riscos de TI apresentados;
- A atenção e cooperação dos envolvidos que devem prover
informações e implantar os controles determinados;
- Ausência de metas claras quanto à segurança das
informações;
- Falta de uma cultura de segurança;
- Ausência de checklists;
- Impossibilidade de quantificar e mensurar o impacto dos
riscos.
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